Jovem de 15 morre no DF após o uso de cigarro eletrônico

Complicações pulmonares devido ao uso de cigarro eletrônico levaram a óbito uma adolescente de 15 anos, nesta quarta-feira (28/05), em Brasília. A jovem estava com tosse há quatro meses e passou por internações em três hospitais do DF.
A principal suspeita clínica, é de que a adolescente tenha sido acometida por EVALI (E-cigarette or vaping product use-associated Ljng Injury). Mas de acordo com a instituição em que ela estava internada, só é possível ter a confirmação de fato, após o resultado de necrópsia do corpo.
Os pais da jovem não tinham conhecimento de que ela fazia uso de cigarro eletrônico. Ela foi levada ao Hospital Cidade do Sol, no início do mês, mas recebeu alta. Em seguida, ela deu entrada com um quadro de pneumonia, no Hospital Universitário de Brasília (HUB).
Segundo relatos, após uma piora no quadro, a adolescente precisou ser intubada. Ao necessitar de uma Unidade de Terepia Intensiva (UTI), ela foi transferida para o Hospital Regional da Asa Norte (Hran).
De acordo com a médica Alessandra Camargo, ao chegar no Hran o pulmão da paciente já estava quase todo comprometido com inflamação. O lado esquerdo parou totalmente de funcionar por conta das lesões.
Abalados com a perda, os pais da adolescente preferiram não se pronunciar sobre o assunto. Uma investigação para comprovar a morte por uso de cigarro eletrônico só será aberta caso a família autorize, segundo a coordenadora da Comissão de Tabagismo da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), Maria Enedina Scuarcialupi.
No Brasil, o uso de cigarro eletrônico é proibido pela Anvisa. Porém o produto, conhecido como “vape”, pode ser facilmente encontrado, e acabou se popularizando, principalmente entre os jovens.
Segundo pesquisa do Instituto Nacional do Câncer feita em 2024, 2,6% dos adultos brasileiros usam o equipamento eletrônico, o que corresponde a 4 milhões de pessoas.