“Ato covarde” diz PMDF sobre oficial que agrediu mulher em discussão no trânsito

Identificado como Antônio Haroldo Camelo da Silva, 56 anos, o 2º sargento da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) é investigado pela corregedoria após ser flagrado por câmeras de segurança agredindo uma mulher durante uma briga de trânsito, em Taguatinga Sul. O oficial foi afastado do serviço operacional e teve o seu porte de arma suspenso.

Em nota, a PMDF informou que o comando da corporação tomou conhecimento do vídeo na data de ontem (02/07), e definiu a agressão como um “um ato covarde”. A Corregedoria da Corporação instaurou procedimento para investigar e elucidar todas as circunstâncias do caso.

De acordo com a corporação, as imagens do circuito de segurança que registraram as agressões estão sob análise e integram os elementos considerados na apuração em andamento. A PMDF informou ainda que o caso será conduzido segundo às garantias constitucionais do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa.

“ O militar foi imediatamente afastado do serviço operacional e teve o seu porte de arma suspenso. A PMDF repudia todo tipo de violência, especialmente contra mulheres, considerando que o enfrentamento à violência de gênero é uma das prioridades da Corporação.”, declarou a PMDF.

Ainda segundo a nota, desde 2024, todos os policiais militares do Distrito Federal estão passando por cursos de capacitação sobre proteção integral e respeito às mulheres.

Entenda o caso

Conhecido como Sargento Camelo dentro da corporação, o oficial agrediu Karla Cristina no dia 20 de maio após uma discussão. A mulher, que é psicopedagoga, teve escoriações no cotovelo, lesão na cervical, na região mamária e manchas na coxa esquerda. Ela registrou um boletim de ocorrência por lesão corporal e injúria contra o sargento.

A discussão que teve início na entrada da garagem de um prédio em Taguatinga Sul, foi registrada por câmeras do circuito interno de segurança. Nas imagens é possível ver um carro branco, dirigido por Antônio, estacionado na entrada da garagem. Em seguida, o oficial sai do carro e Karla para o carro dela mais à frente, ela desce do carro, atravessa a rua e os dois começam a discutir. A mulher já estava indo embora, quando volta com uma pedra e acerta o vidro do veículo de Antônio.

Diante da discussão, o sargento entrou no veículo e acelerou mesmo com a mulher na frente, arrastando-a. Ela voltou a bater no vidro do carro, o oficial saiu do veículo e iniciou as agressões físicas, como chutes, empurrões e tapas. Após levar uma rasteira, Karla cai no chão, momento em que moradores e funcionários do prédio intervieram na discussão.

Em depoimento, o sargento disse que estava nervoso e não se lembra da agressão. Ele afirmou que a mulher estava impedindo ele de entrar na garagem e que teve danos no veículo.

Desde a data das agressões a psicopedagoga está afastada do trabalho e usa medicamentos para tratar as lesões. Ao registrar o BO, Karla Cristina passou por exame de corpo de delito. A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) investiga o caso.

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