Três responsáveis por clínica de reabilitação no DF são presos após vistoria da CLDF

sessão plenária

A Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) confirmou nesta quarta-feira (17) que três responsáveis pela clínica de reabilitação Liberte-se, localizada no Lago Oeste, foram presos pela Polícia Civil do DF. A ação, batizada de “Operação de Portas Abertas”, ocorreu um dia após a vistoria realizada pela Comissão de Direitos Humanos da CLDF, em parceria com o Conselho Regional de Psicologia e o Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura.

De acordo com informações da CLDF, a inspeção encontrou indícios de violações graves, incluindo cárcere privado, restrição de comunicação e relatos de agressões. A 35ª Delegacia de Polícia, em Sobradinho II, já recebeu 27 denúncias formais de internos.

Histórico de irregularidades e tragédia recente

A clínica Liberte-se, voltada à recuperação de dependentes químicos e que cobrava R$ 1.700 por internação mensal, já vinha sendo alvo de questionamentos. No último 31 de agosto, outra unidade do grupo, no Paranoá, foi cenário de uma tragédia: um incêndio deixou cinco mortos e 11 feridos.

Durante sessão plenária, o deputado distrital Fábio Felix (Psol) voltou a criticar duramente as condições encontradas. Ele ressaltou que “não é porque uma pessoa está em situação de vulnerabilidade social, não é porque está em situação de rua, não é por ser dependente químico que merece cárcere privado, tortura, tratamento degradante. Inaceitável”.

Felix acrescentou que o Legislativo não pode se calar diante das denúncias e defendeu que políticas de recuperação devem estar baseadas em evidências científicas e respeito à dignidade humana.


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