Do pacto na queda ao amor na luta, Athletico-PR arranca e sonha com acesso

RENAN LISKAI
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

O pacto contra o rebaixamento para a Série B não deu certo no ano passado. Agora, o Athletico-PR aposta no amor para voltar à elite do Brasileiro.

DO PACTO À PAIXÃO

A queda do Athletico-PR no ano do centenário ficou marcada por um “pacto”. Faltando seis rodadas para o fim da Série A, o clube lançou a campanha macabra e convocou torcedores a se unirem na luta contra o rebaixamento.

“Todo mundo já ouviu que nós temos um pacto. A verdade é que sim, nós temos. Não com entidades sobrenaturais, mas com uma força que vem das arquibancadas. A energia da nossa torcida sempre nos moveu, agora não será diferente”, disse o time, em 2024.

Não deu certo. O Athletico foi rebaixado e começou 2025 mal também: foi eliminado na semifinal do Campeonato Paranaense e começou a Série B cambaleando —ao término do primeiro turno, em julho, o Furacão era apenas no 11º na tabela.

A virada veio no segundo semestre. O Athletico-PR foi até às quartas de final da Copa do Brasil e, agora, é o quarto colocado na Série B faltando apenas três rodadas para o fim.

A convocação agora é diferente. Após a vitória sobre o Goiás —que colocou o Athletico-PR no G4— o técnico Odair Hellmann fez um pronunciamento, deixou o tom macabro de lado e apostou no amor e na paixão para pedir o apoio dos torcedores nas rodadas restantes.

“Agora é uma questão que não é de pacto, é de paixão, de amor ao clube. Nós todos nos juntarmos, aquele que não puder ir ao estádio, com o seu pensamento, com a sua oração, aquele que puder ir, incentivar o jogador, porque não vai ser fácil. Não foi fácil até agora. Não vai ser fácil o próximo jogo, não vai acontecer do nada”, afirma Odair Hellmann.

ARRANCADA NO 2° TURNO

O Athletico se recuperou na Série B já na metade final do campeonato. No segundo turno, a equipe somou 31 pontos dos 48 que disputou até aqui.

O salto veio. Entre alguns tropeços, o time conseguiu vitórias importantes contra Novorizontino, Goiás e Chapecoense, rivais diretos na luta pelo acesso. O Furacão deixou a 11ª colocação e agora depende apenas de si para subir à Série A.

A tabela nas três rodadas finais não é das mais complicadas na teoria. Enquanto os rivais diretos pelo acesso terão jogos entre si, o Furacão jogará apenas contra equipes que estão na parte inferior da tabela — Volta Redonda [casa], Ferroviária [fora] e América-MG [casa].

DESEMPENHO OFENSIVO E ‘INVASÃO’

O Athletico foi “invadido” por jogadores estrangeiros nesta temporada. Ao todo, o elenco conta com seis colombianos (Juan Aguirre, Carlos Terán, Elan Ricardo, Stiven Mendoza, Kevin Velasco e Kevin Viveros), dois argentinos (Esquivel, Benavidez e Zapelli) e um português (Tobias Figueiredo).

O destaque da equipe é Kevin Viveros. O atacante colombiano tem nove gols na Série B e é a principal arma do segundo melhor ataque do torneio até aqui —são 48 ao todo, dois a menos que a Chapecoense.

O elenco ainda conta com alguns medalhões mais conhecidos. O goleiro Santos retornou ao clube, e Giuliano e Alan Kardec aparecem entre os mais experientes do time.

Deixe comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos necessários são marcados com *.