CPMI do INSS rejeita convocação do filho de Lula e Jorge Messias
A CPMI do INSS rejeitou, por 19 votos a 12, o pedido da oposição para convocar Fábio Lula da Silva, filho do presidente Lula, em sessão marcada por discursos duros e clima de polarização crescente.
Também foi rejeitada, por 19 a 11, a convocação do advogado-geral da União, Jorge Messias, indicado pelo presidente para o Supremo Tribunal Federal, decisão que ampliou o confronto entre governistas e opositores na comissão.
O líder do governo na CPMI, Paulo Pimenta (PT-RS), afirmou que a oposição tenta desviar o foco da investigação sobre desvios no INSS para criar palanque político, prometendo processar acusadores sem provas concretas.
Pimenta declarou que cada acusação sem evidência contra Fábio Lula da Silva será contestada judicialmente, desafiando parlamentares a apresentarem documentos ou elementos oficiais que sustentem as denúncias divulgadas recentemente.
Reportagens publicadas por veículos de imprensa citaram suposta participação de Fábio no esquema, baseada apenas no depoimento de uma testemunha cujo relato, segundo o governo, não possui credibilidade ou qualquer comprovação documental relevante.
Para Pimenta, a denúncia parte de alguém “desacreditado”, sem provas de que Fábio Lula da Silva tenha recebido valores ligados aos desvios investigados, reforçando que a narrativa carece totalmente de fundamento.
O senador Sergio Moro (União-PR), porém, defendeu a convocação do filho do presidente, criticando parlamentares que o blindaram e afirmando que rejeitar investigações pode configurar comportamento incompatível com a obrigação constitucional dos membros da CPMI.