O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, intensificou a pressão sobre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para retirar a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, do cargo.

O senador critica a atuação do ministério no bloqueio à exploração de petróleo na Margem Equatorial, especialmente no litoral do Amapá.

Em maio de 2023, o Ibama negou a licença para a prospecção marítima na região, o que Alcolumbre atribuiu diretamente à postura inflexível de Marina Silva.

A exploração do petróleo na Margem Equatorial tem sido vista como uma oportunidade para transformar a economia do Amapá, aonde grande parte da população vive em situação de extrema pobreza.

Com um contingente de 800 mil habitantes, muitos sobreviveram com pouco mais de R$ 400 por mês e dificuldades como falta de acesso à água encanada e saneamento básico.

Apesar do impacto social positivo que a exploração poderia trazer, Marina Silva, ex-seringueira de luxo, mantém uma postura rigorosa, argumentando que qualquer projeto deve atender aos critérios ambientais e sociais exigidos por lei.

Em meio às críticas, Lula declarou, em entrevista a uma rádio de Macapá, a necessidade de acelerar o processo de pesquisa da Petrobras antes da exploração definitiva.

O presidente também ressaltou que o Ibama precisa ser reestruturado para agilizar o licenciamento ambiental, evitando entraves excessivos ao desenvolvimento econômico.

As declarações indicam um movimento possível do governo para equilibrar interesses ambientais e econômicos, diante da crescente pressão política para a liberação da exploração petrolífera na região.