Comércio do DF aposta no Dia das Mães para impulsionar vendas

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Com a chegada do Dia das Mães, o comércio do Distrito Federal ganha fôlego. A expectativa é de que as vendas cresçam, em média, 27,3% em relação ao ano passado, conforme levantamento da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio-DF). O otimismo contagia empresários e consumidores, que apostam na data como uma das mais importantes do varejo.

 

O índice de confiança dos lojistas é o maior dos últimos cinco anos: 80% acreditam que o desempenho será superior ao de 2024. Do lado dos consumidores, 83% afirmam que pretendem comprar presentes para celebrar a data, superando os 79% registrados no ano anterior. O gasto médio previsto por presente é de R$ 245,74.

 

Os itens mais procurados são perfumes e cosméticos (27,6%), seguidos por roupas e acessórios (19,9%) e calçados (11,2%). A maioria dos consumidores pretendem realizar as compras em lojas de shopping (36,5%) e em estabelecimentos de rua e bairro (32,7%), totalizando 69,2% das preferências. Os dias de maior movimento devem ser os sábados, com destaque para o horário da tarde, escolhido por quase metade dos entrevistados (49,2%).

 

Varejo se movimenta

 

No Conjunto Nacional, localizado na Asa Norte, um dos centros comerciais mais tradicionais de Brasília, o clima é de preparação. Eliene Souza Guimarães, à frente da loja Lord Perfumes e cosméticos de marcas nacionais e internacionais, há 62 anos, relembra a força histórica da data. “Sempre tratamos o Dia das Mães como um segundo Natal. É uma data que carrega muita emoção. O movimento ainda está lento, mas esperamos que esquente nos próximos dias”, relata. Para atrair os clientes, a loja apostou em lançamentos e promoções. “Apesar da força das vendas online, algumas pessoas ainda valorizam o atendimento presencial, o cheiro dos produtos, o contato humano”, diz Eliene.

 

Na loja Sacola Chic Perfumaria, também no Conjunto Nacional, a gerente Milena Mendes destaca os kits promocionais como campeões de vendas. “Os perfumes árabes estão em alta. Reduzimos valores: produtos que custavam R$ 399 hoje saem por R$ 249. É a nossa primeira campanha de Dia das Mães e estamos confiantes”, afirma.

 

Feira dos Importados se anima

 

Na Feira dos Importados, em Taguatinga – DF, o clima também é positivo. Lucas Sacerdote, 26 anos, da loja Sacerdote Multimarcas, especializada em moda masculina, acredita na força da data. Ao ser questionado pelo JBr sobre o que daria de presente para sua mãe, ele compartilha: “Mesmo quem está longe da mãe não deixa de lembrar. Eu mesmo vou comprar uma lembrança aqui na Feira e mandar com muito carinho. Provavelmente irei a Minas Gerais para ver ela e presentear com o meu abraço e claro, levar algo surpresa”, declara Lucas. Com um olhar observador de um feirante, ele aponta que nos próximos dias “a movimentação deve ser grande”.

 

Na loja SD Cases, que trabalha com eletrônicos e acessórios para celular, o destaque é o Smartwatch – relógio inteligente, um dispositivo eletrônico vestível que se assemelha a um relógio de pulso, mas com funções adicionais de um computador, como mostrar notificações do smartphone, monitorar dados de saúde e controlar música. “É o presente mais pedido, inclusive pela minha mãe”, brinca a vendedora Rainara Moreira. Segundo ela, Pix e cartão de crédito lideram as formas de pagamento. “Dinheiro virou exceção”, comenta.

 

Moda em alta

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Grife da Lau. Foto: Daniel Xavier/Jornal de Brasília

 

Na Grife da Lau, voltada para vestuário feminino, a expectativa é ainda mais elevada. A proprietária Laudiceia Lopes investiu em peças da coleção de inverno. “As mães merecem um presente à altura. Estamos com promoções até em peças recém-chegadas. Muitos clientes pedem ajuda para escolher, e a gente orienta de acordo com o estilo da mãe. O carinho está em cada detalhe”, afirma.

 

Segundo a pesquisa do Instituto Fecomércio-DF, 84,5% dos lojistas adotam estratégias para alavancar as vendas. As principais são a diversidade de produtos (19,8%), promoções (18,7%) e vitrines temáticas (10,3%). Quanto aos preços, 80% dos comerciantes afirmam que pretendem mantê-los estáveis. Apenas 18,9% projetam aumento, sobretudo devido aos custos de fornecedores e à alta tributária.

 

Para dar conta da demanda, 67,8% dos lojistas reforçaram os estoques. Apenas 0,5% reduziram o volume de produtos disponíveis. O levantamento foi realizado entre 22 de abril e 3 de maio, com entrevistas presenciais com 180 empresários e 318 consumidores em diferentes regiões do DF.

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