Escola no Paranoá ensina jornalismo na prática com o Jornal Escola em Ação

Na Escola Classe 03 do Paranoá, a curiosidade virou pauta diária. Por meio do projeto Escola em Ação, alunos do 4º ano vivem o jornalismo na prática e assumem o papel de repórteres mirins. Com bloquinho na mão, celulares e microfones improvisados, eles mergulham em entrevistas, apurações e na produção de conteúdo, transformando a sala de aula em uma verdadeira redação.
A iniciativa, que alia educação e comunicação, oferece oficinas sobre gêneros jornalísticos, cobertura de eventos escolares e produção para redes sociais. O foco vai além do domínio da escrita: estimula o trabalho em equipe, a criatividade e a autonomia dos estudantes.
Oficinas com jornalistas voluntários
Para enriquecer o aprendizado, jornalistas e comunicadores voluntários são convidados a compartilhar suas trajetórias com os alunos. Na última semana, Andressa Rios e Ícaro Henrique — assessores de imprensa da Secretaria de Educação do DF — participaram de uma oficina com a turma, levando relatos inspiradores sobre os bastidores da profissão.
Andressa contou sobre sua experiência em emissoras de TV e destacou a importância da formação para a carreira. “É prazeroso compartilhar com as crianças minha vivência como jornalista, mostrar as várias possibilidades da área e contribuir com a produção do jornal”, afirmou. Ela também reforçou a relevância de disciplinas como produção de texto e idiomas no desenvolvimento profissional: “Elas fortalecem a comunicação e ampliam oportunidades.”
Já Ícaro relembrou com emoção seu próprio início na comunicação, ainda na infância. “Fiquei muito feliz com o convite. Sempre fui uma criança curiosa, assistia ao Jornal Nacional com meu avô. Poder dividir com os alunos a magia do rádio e os desafios do jornal impresso foi gratificante”, disse.
Mais do que leitores, autores da própria história
Michel Severino, coordenador pedagógico e idealizador do projeto, vê no jornalismo uma ferramenta potente de aprendizagem e expressão. “Nosso objetivo é que eles aprendam a ler e escrever melhor, mas principalmente que desenvolvam senso crítico, autoestima e saibam que a voz deles importa”, afirma.
Além das edições impressas, o Escola em Ação tem mascote própria e participa ativamente da vida escolar, cobrindo eventos como a festa junina e o projeto de leitura LiterArte. Para Severino, o mais importante é que os estudantes assumam o papel de protagonistas. “Mais do que aprender o que é um jornal, eles passam a contar e valorizar suas próprias histórias”, conclui.
O projeto segue como exemplo de como a educação pode ir além dos livros, despertando talentos e formando cidadãos conscientes, criativos e bem informados.
Com informações da Secretaria de Educação