Lago Paranoá mais limpo: PMDF e voluntários unem forças em ação ambiental

Em razão do Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado na última quinta-feira, a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), em parceria com instituições ambientais e escolas de mergulho, promoveu uma ação de limpeza subaquática no Lago Paranoá. A operação contou com cerca de 50 voluntários e integrantes da Companhia Lacustre para a coleta de resíduos. A atividade faz parte das ações realizadas ao longo da Semana do Meio Ambiente.
A ação teve como objetivo a conscientização ecológica coletiva e a preservação dos recursos hídricos da capital federal. Segundo a PMDF, durante a atividade foram retirados aproximadamente 150 kg de lixo das águas e margens do Lago. Os materiais recolhidos incluíam principalmente resíduos sólidos, como metal, latinhas e garrafas de vidro, além de outros objetos que colocam em risco a vida aquática, a biodiversidade e a qualidade da água. Numa das primeiras coletas, até uma blusa de time de futebol foi encontrada pelos voluntários.
De acordo com a PMDF, como o tema da Semana do Meio Ambiente de 2025 é “O fim da poluição plástica global”, a ação desse dia 5 de junho ganhou ainda mais relevância, pois trata-se de um chamado urgente para que a sociedade repense os hábitos coletivos e individuais, para que o consumo de plásticos descartáveis seja reduzido.
O major Emerson Roberto Araujo Melão, subcomandante do Batalhão Ambiental da PMDF, destacou que essa ação é feita uma vez por ano em razão da Semana do Meio Ambiente. “Essa é uma data simbólica e importante para o Batalhão Ambiental”. Ele salientou que os mergulhadores são preparados para essa operação de risco. “A atividade do dia cinco se tratou de uma retirada de lixo abaixo de 3 a 9 metros de profundidade. Tentamos retirar o máximo de resíduos sólidos possível, como fizemos ano passado, quando retiramos meia tonelada de resíduos do Lago”, afirmou. Ele explicou que a operação durou cinco horas com voluntários e mergulhadores da Polícia Militar.
O terceiro sargento Thiago de Oliveira Carvalho, explicou que a operação foi realizada para promover a educação ambiental. Ele esteve por trás do planejamento da ação e para colocar a segurança em primeiro lugar, contou que foi preciso fazer um preparativo dos equipamentos de mergulho e quantitativo de mergulhadores que estavam participando da operação.

A bombeira Larissa Rodrigues participou pela primeira vez como voluntária nessa operação de limpeza do Lago. “Eu gosto muito de mergulhar e nesse caso, foi por uma boa causa também”, afirmou. Ela estava empolgada para unir o amor pelo esporte de mergulho aquático com a consciência ambiental. “Eu prezo muito por essa questão de se conscientizar sobre o lixo, porque eu sei que mesmo tendo alguém responsável pela limpeza, esse lixo eventualmente pode causar alagamentos e outras coisas ruins no futuro”, comentou. Como bombeira, Larissa lembrou que a maioria das ocorrências de alagamento tem a ver com o lixo que obstrui a passagem da água. “Espero que essa ação conscientize as pessoas”, acrescentou.
Leonardo Moraes, coronel aposentado da PMDF, também participou pela primeira vez da operação de limpeza do Lago. Ele costuma mergulhar por esporte e foi o primeiro a coletar os resíduos na operação dessa quinta-feira. “É uma sensação triste ver a quantidade de sujeira que tem no Lago. Esse espaço é tão nosso, tão brasiliense. Temos tanto orgulho do Lago Paranoá, mas falta uma conscientização mínima de como cuidar dele”, pontuou. Leonardo apontou que esses objetos coletados são despejados ali por famílias e transeuntes que frequentam o local. “Nós estamos mergulhando aqui na beirada. Eu peguei uma latinha de refrigerante. Isso dá uma tristeza muito grande”.

Para ele, assim como a faixa de pedestre é um orgulho brasiliense, o Lago também é um orgulho e deveria ser mais valorizado e bem cuidado pelas pessoas que o utilizam. “Ele é um patrimônio. Espero que as pessoas olhem para o Lago Paranoá como um ser vivo, como uma vida que respira”, declarou. Além disso, Leonardo apontou que toda a população do DF depende da água do Lago Paranoá, e que isso, no mínimo, deveria fazer as pessoas repensarem na hora de jogar lixo por ali.