Maior rede de “cogumelos mágicos” do país: presos vão responder por seis crimes

A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu, nesta quinta-feira (4), nove suspeitos de integrar a maior rede de produção e venda de “cogumelos mágicos” do Brasil.
Os indiciados devem responder por seis crimes diferentes:
- tráfico de drogas qualificado;
- lavagem de dinheiro;
- integração em organização criminosa;
- disseminação de espécies nocivas à agricultura, pecuária, fauna ou ecossistemas;
- promoção de publicidade abusiva;
- curandeirismo.
O inquérito segue em andamento e será encaminhado ao Ministério Público do DF, responsável por oferecer a denúncia à Justiça.
Prisão dos suspeitos
As prisões preventivas ocorreram em três estados:
- Distrito Federal: dois universitários, em Águas Claras e Taguatinga;
- Paraná: seis pessoas, em Curitiba e Campo Magro;
- São Paulo: uma pessoa, em Santo André.
Segundo a polícia, prisões em flagrante também ocorreram durante a operação, mas o número ainda não foi divulgado.
Foram identificados até agora Igor Tavares Mirailh e Lucas Tauan Fernandes Miguins, presos no DF. Em nota, a defesa dos dois afirmou que eles “jamais orquestraram qualquer esquema ilícito” e que “nunca responderam a outro processo criminal”. Os nomes dos detidos em outros estados ainda não foram divulgados.
Operação e apreensões
Durante a operação, policiais apreenderam mais de 3 mil pacotes de cogumelos alucinógenos. A venda era feita pelas redes sociais, com entregas via Correios, em modelo de dropshipping.
O grupo utilizava até influenciadores digitais para atrair clientes, em sua maioria jovens frequentadores de festas de música eletrônica.
Embora a plataforma de vendas do DF tivesse cultivo próprio, a produção era insuficiente. A investigação descobriu que o centro da operação funcionava em Curitiba (PR), em galpões que serviam como laboratório, salas de cultivo e estrutura de produção.
A capacidade estimada era de até 200 quilos de cogumelos por mês.
A operação ocorreu simultaneamente em oito estados: Distrito Federal, Paraná, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Pará, Santa Catarina, Espírito Santo e São Paulo.