Morango do amor aumenta faturamento de confeitarias no DF

Por Vítor Ventura
redacao@grupobr.com

Depois de virar tendência no Brasil inteiro, o morango do amor impulsionou de forma considerável as vendas em restaurantes e confeitarias em diversos cantos do país. No Distrito Federal, houve um faturamento de quase R$ 20 mil no mês de julho com o doce, é o que indica o levantamento realizado pela FIPECAFI e pela Yooga. A pesquisa estima que no período foram feitas 838 vendas relacionadas ao morango do amor no DF.

Humberto Allión, especialista em comportamento das empresas na FIPECAFI, comenta que confeiteiros de diferentes regiões relataram filas e um movimento que muitos não viam desde datas comemorativas importantes. “Algumas confeitarias já dizem que as últimas semanas foram tão impactantes quanto a Páscoa, que é historicamente o auge do ano para o setor”, conta. De acordo com a pesquisa, no mês de julho, as vendas de morango do amor no Brasil atingiram pouco mais de R$ 4 milhões, com uma estimativa de mais de 16000 doces vendidos. O Estado de São Paulo foi o que mais faturou, com aproximadamente R$ 1,5 milhão. Para fazer o levantamento, foi feita uma extração na base de dados das instituições com todas as informações de vendas realizadas.

Procura no DF

Para Ariane Reis, sócia da confeitaria Doce Maison, que fica na Asa Sul, como muitas pessoas queriam experimentar o novo doce, a demanda rendeu resultados concretos para a loja no mês passado. “A procura do morango do amor impactou sim no faturamento e tivemos uma crescente de vendas do balcão (varejo) de mais de 30%”, conta. Entretanto, Ariane ressalta que o preço da fruta também subiu. “O morango teve um salto no valor de mais de 50%, o que impactou no nosso reajuste inicial de valores. Iniciamos [as vendas de morango do amor] com o valor de R$ 10 e tivemos que reajustar para R$ 15”, explica a sócia. Até por isso outros estabelecimentos, mesmo tendo procura, verificaram um aumento dentro do padrão para o mês.

Monica Aras, da Ballerina Doces by Monica, relata que esse foi o caso da loja dela. “Aumentamos o faturamento, mas não ao ponto de ser tão significativo”, diz. O morango virou uma febre muito rápido no Brasil e no DF, mas os confeiteiros também levam em consideração que a procura pelo doce tende a cair com o passar do tempo. Ainda assim, Monica destaca que ainda há demanda pelo morango do amor: “até hoje continuamos vendendo”. Ariane afirma o mesmo, contudo ela diz que não aparenta ser na mesma proporção do mês passado. “As vendas já esfriaram em relação ao mês de julho. Tivemos o ‘boom’ e todos queriam experimentar. Muitos se tornaram fãs da iguaria caramelizada”, conta Ariane. Ela ainda explica que a procura pelo morango do amor alavancou a busca por outros doces também produzidos com a fruta. Ela cita o bombom de morango da loja. “Imediatamente muitos clientes já comparavam e inclusive adquiriam os dois”, destaca.

Com uma procura tão grande nas confeitarias, a tendência é que produtores de morango também notassem o fenômeno. Noilde de Jesus, produtora, relata que a demanda dobrou no mês de julho. “Com a febre do morango do amor, as demandas aumentaram e o valor foi compensado. O consumo de morango multiplicou”, conta Noilde. De acordo com informações do Calendário de Comercialização da Central de Abastecimento do Distrito Federal (Ceasa-DF), os meses de junho, julho, agosto e setembro dizem respeito à época em que é registrada maior oferta de morango, com tendência a preços mais baixos. Entretanto, com a crescente demanda pela fruta, os valores do morango subiram. Segundo a Ceasa-DF, o preço de revenda de morangos subiu, em média, de R$ 25 para R$ 35.


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