Receita corrente líquida do DF cresce 6,4% no primeiro quadrimestre de 2025

A Comissão de Economia, Orçamento e Finanças (CEOF) da Câmara Legislativa do Distrito Federal realizou na tarde desta quarta-feira (11) uma audiência pública para apresentação das metas fiscais referentes ao primeiro quadrimestre de 2025. O encontro contou com a participação de técnicos do Governo do DF e da própria Câmara Legislativa.
Durante a audiência, o secretário executivo de Finanças, Orçamento e Planejamento, Thiago Rogério Conde, apresentou os principais dados fiscais do período. Segundo ele, a receita corrente líquida cresceu 6,4% em comparação com os quatro primeiros meses de 2024, saltando de R$ 11,3 bilhões para R$ 11,9 bilhões. A arrecadação total do governo também apresentou crescimento, atingindo R$ 8,5 bilhões, frente aos R$ 7,9 bilhões arrecadados no mesmo período do ano passado.
Um dos destaques foi o aumento na arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que passou de R$ 3,6 bilhões para R$ 4 bilhões. O ICMS respondeu por 46,7% do total arrecadado em impostos de janeiro a abril deste ano, seguido pelo ISS (14,29%) e pelo IPVA (13,2%).
Por outro lado, as despesas do governo também subiram. No primeiro quadrimestre, os gastos somaram R$ 10,2 bilhões, um crescimento de 10,5% em relação aos R$ 9,2 bilhões registrados no mesmo período de 2024. Os gastos com pessoal e encargos representaram 50,44% das despesas totais, enquanto as despesas com manutenção e contratos terceirizados corresponderam a 43,40%.
Questionado pelo deputado Eduardo Pedrosa (União Brasil) sobre as medidas que o governo pretende adotar diante da trajetória de déficit fiscal observada desde 2024, Thiago Conde afirmou que o déficit faz parte de uma estratégia de captação de recursos. “Isso não reflete um desequilíbrio das contas, mas é uma estratégia para captar recursos por meio de operações de crédito. O objetivo é financiar investimentos”, afirmou o secretário executivo.
Apesar da preocupação com o déficit, o deputado Pedrosa avaliou positivamente os números apresentados. “Vejo muitos pontos positivos, como o resultado nominal, o controle da despesa com pessoal e a dívida pública muito abaixo do teto. Mas precisamos estar atentos aos repasses para saúde e educação com o objetivo de atender as demandas da população”, destacou o parlamentar.
Com informações da Agência CLDF