Teste do Pezinho: resultado garante saúde para milhares de crianças no DF

Com apenas 8 dias de vida, Pedro Henrique já passou por um dos exames mais importantes da infância: o Teste do Pezinho. A coleta, feita com algumas gotas de sangue do calcanhar, pode detectar doenças silenciosas e graves logo nos primeiros dias de vida, mudando o destino de milhares de crianças.

A mãe do bebê, Ana Paula Rodrigues, de 21 anos, lembra com alívio do momento em que recebeu o resultado. “A gente fica mais tranquila, porque o exame ajuda a detectar várias doenças. Agora é só continuar o acompanhamento normal, sem preocupações”, conta.

Assim como Pedro Henrique, todos os recém-nascidos do Distrito Federal têm direito ao exame, garantido pela Lei nº 4.190/2008. O teste integra o Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN) e é considerado um dos pilares da medicina preventiva no Brasil. A coleta deve ser feita preferencialmente entre o terceiro e o quinto dia de vida, mas pode ocorrer até o sétimo.

Impacto direto na saúde infantil

“Hoje, o Teste do Pezinho não é só um exame, é um programa que envolve vários departamentos e impacta diretamente na qualidade de vida das crianças e na redução da mortalidade infantil. Temos um programa bem estruturado no DF, e isso salva vidas”, destaca Vitor Araújo, chefe do Laboratório de Triagem Neonatal da Secretaria de Saúde do DF (SES-DF).

A importância do exame é tamanha que ganhou uma data comemorativa: o Dia Nacional do Teste do Pezinho, celebrado nesta sexta-feira (6). A identificação precoce de doenças como fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito e fibrose cística pode evitar sequelas como deficiências visuais, motoras ou intelectuais.

“Essa detecção precoce permite que o bebê cresça normalmente, sem limitações. Também impacta a família, que não precisa viver em função dos cuidados especiais, e reduz os custos para o Estado com saúde e previdência social”, explica Araújo.

Referência nacional

O Distrito Federal é referência na triagem neonatal. Em 2011, foi a primeira unidade da federação a ampliar a cobertura do teste, que inicialmente detectava apenas três doenças. Hoje, graças ao avanço tecnológico, são rastreadas 62 patologias. Apenas em 2024, foram realizadas 37,3 mil coletas.

O exame é oferecido gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e em maternidades credenciadas. Após a coleta, o resultado costuma estar disponível entre 48 e 72 horas. Eventuais atrasos, segundo a SES-DF, estão geralmente ligados ao transporte das amostras, e não ao processo de análise.

Futuro protegido

Pedro Henrique, hoje com 24 dias de vida, já garantiu um passo importante rumo a um futuro saudável. A triagem neonatal precoce mostra que, com políticas públicas bem estruturadas e acesso universal, é possível proteger as próximas gerações desde o primeiro sopro de vida.

Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)

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